segunda-feira, 1 de junho de 2009

Doação de Sangue



Doar sangue pode parecer a coisa mais simples do mundo, mas não para mim. Tenho muito medo de agulha, fazer coleta de sangue é sempre um momento de muita tensão pra mim. Sobre doar, achava que poderia passar mal, que a doação durasse uma meia hora, junto com uma imensa dor pela agulha enfiada no braço. Enfim, sempre tive muita vontade de doar, mas sempre fui muito covarde em relação a isso. Porem, as causas nobres nos fazem rever nossos conceitos, nossos medos.

Tenho um grande amigo chamado Eduardo Fiuza, um grande homem no melhor sentido da palavra, alto e forte, nunca imaginei que alguma coisa pudesse derrubar aquela muralha, mas, em meados do ano passado, ele foi surpreendido por um linfoma (câncer no sistema linfático) e a partir de então, iniciou o tratamento de quimioterapia, inicialmente em Fortaleza (onde mora) e posteriormente em São Paulo, no Hospital Albert Einstein.

Seu caso só seria revertido com um transplante de medula, com três tentativas:

• A partir de suas próprias células troncas
• Através da doação da medula de um de seus irmãos
• Através da medula de um doador

Graças a Deus ele conseguiu com a primeira tentativa, suas células- tronco pegaram todas e agora ele está curado. Os leucócitos que estão sendo produzidos, já são saudáveis. Que bênção!

Bem, volto ao assunto da doação de sangue. Ele precisou receber diversas transfusões durante o tratamento no Albert Einstein. Eu já havia previamente me oferecido para doar, apesar de todo o medo. Ele, ao me dar a noticia da cura, me perguntou se ainda estava de pé a doação, pois precisaria repor as bolsas de sangue que consumiu no hospital. Eu disse que sim. Recrutei meu marido, que já é doador, para irmos ao hospital no sábado à tarde para fazer a doação.

O Hospital é maravilhoso. A equipe do Banco de Sangue me deixou super tranqüila. Fiz a coleta inicial na ponta do dedo para detectar alguma anemia, e estava tudo ok. Então entrei para a sala de coleta, onde meu marido já estava lá, doando. Quis ficar do lado dele. O procedimento começou. A picadinha foi igual a da coleta de sangue para exames laboratoriais, nada diferente, o tempo total foi de uns 10 minutos, quando terminou, fiquei surpresa com a rapidez. Fiquei ate com raiva de mim, por ter relutado tanto tempo por tomar a coragem de doar.

Depois da doação, fomos a uma espécie de lanchonete que fica vizinha a sala de doação e em seguida fomos ao sexto andar, onde meu amigo Eduardo está internado. Chegamos lá com os corações de borracha na mão, que ganhamos durante a doação, para ficar apertando. Ele ficou muito agradecido e nós, muito emocionados. Um simples ato, capaz de salvar vidas.

Se alguém que estiver lendo esta matéria, também puder doar sangue para o meu amigo, dirija-se ao Banco de Sangue do Hospital Albert Einstein, unidade do Morumbi e fale que a doação deverá ser em nome de Eduardo Meneleu Fiúza, o ticket do estacionamento é bonificado e você receberá gratuitamente em casa diversos resultados de exame.

2 comentários:

Unknown disse...

Pois é amor... tua coragem foi o que certamente deixou o Dudu muito feliz e eu, orgulhoso.

NEQTAR

Rosana disse...

Amor, muito obrigada, você me deu muita força. NEQTAR

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