sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Casa do Português e o Bairro Damas

 A Casa do Português sempre me fascinou quando criança, pois quando conheci a história, ficava pensando no tal português rico e sozinho nesta estranha casa. Mas, apesar da estranheza, acho que a Casa (apesar de ter sido tombada) deveria ser mais reconhecida, valorizada. 

Segue abaixo uma matéria sobre o assunto:

"O trânsito na Avenida João Pessoa é caótico. Pessoas apressadas, estudantes, trabalhadores, moradores do lugar de nome bucólico: Bairro Damas. O presente de concreto, fumaça da via urbana não lembra um passado não tão distante em que o local era um espaço verde de inúmeras sítios, ideal para os que buscavam tranqüilidade e ar puro. O nome Damas é uma homenagem às famílias aristocráticas que construíam ali suas chácaras, afastadas do tumulto do centro da cidade Fortaleza, que se modernizava e aformoseava mas que perdia o charme provincial.

Em 1931 surgiu no Damas o “Ideal Clube”, freqüentado pela elite econômica da cidade. Os aristocratas se divertiam no clube que tinha quadra de tênis, piscinas e rinque de patinação. A “mundiça” ficava no sereno, no lado de fora, excluída dos esportes requintados das elites. O Ideal Clube ficou no bairro até a década de 60 quando foi transferido para o local da sede atual, no Meireles. 

A principal rota que cruzava o Bairro Damas era a estrada Fortaleza-Porangaba, feita de areia batida. A poeira era intensa com o tráfego de boiadas, carroças e alguns poucos automóveis. Em 1929 o então presidente Washington Luis mandou revestir a estrada de concreto que foi batizada com seu nome. Deposto pela “Revolução de 30”, os novos donos do poder e os “revolucionários de véspera” mudaram o nome do lugar para João Pessoa, em homenagem a um dos líderes do movimento.

A cidade cresceu e os problemas urbanos se manifestaram no Bairro Damas. Com a nova realidade, a Avenida João Pessoa ficou conhecida como “avenida da morte” devido ao grande número de acidentes registrados na via de mão dupla. Em 1982, quando a avenida passou a ter sentido único, com o contra-fluxo apenas para transporte coletivo, o número de acidentes diminuiu mas o local ainda é perigoso.

Nos quarteirões da Avenida João Pessoa alguns casarões antigos resistem ao tempo e guardam fragmentos da história do bairro. Dentre todos eles, merece destaque a Casa do Português, símbolo de ostentação quando foi construído em 1950. 

Ainda hoje, o velho casarão estranho com rampa de garagem localizada no teto, é ponto de referência de quem mora ou passa todos os dias pela Avenida João Pessoa. 

A casa - na realidade Vila Santo Antônio- pertencia a José Maria Cardoso , um rico comerciante português, dono de madeireira fornecedora de lenha para a Light e para os trens da RVC ( Rede de Viação Cearense). Por mais que a família crescesse jamais ocupou todos os espaços do casarão e isso entristecia o proprietário. Cardoso ficou mais desesperado ainda com o suicídio de seu filho, que saltou do alto da casa que o velho português construíra. Para o velho, o sonho acabou.

A casa acabou alugada para outro empresário luso, Paulo de Tarso, que instalou ali a Boate Portuguesa. O local depois abrigou a sede da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce) de 1965 a 1984, e logo depois: uma oficina, um estacionamento e um cortiço.

O edifício foi tombado como patrimônio histórico municipal pela Fundação de Cultura, Esporte e Turismo (Funcet) e está protegido de reforma que o desfigure. Alguns urbanistas questionam que o prédio seja um patrimônio da cidade. No entanto, ele é referencial identitário da nossa sensibilidade urbana, possui uma arquitetura especial e única e já foi cartão postal de Fortaleza em décadas passadas. Em 2005 , os arquitetos Napoleão Ferreira e Mário Roque tiveram a idéia de transformar a casa em Centro Cultural. A proposta era a de um centro que integrasse a cidade e o estado com a cultura portuguesa.

A Casa do Português parece um navio e lembra a história dos navegantes portugueses que desbravaram os mares, que nas palavras de Fernando Pessoa, “tanto do teu sal são lágrimas de Portugal.” Hoje as lágrimas são de abandono do lugar."

Texto do amigo e professor
Evaldo Lima.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eu sou a Boneca Emilia


Fiz o teste do Movimento Rosa para, a partir das minhas características na infância, descobrir qual boneca eu seria. Tcharan... Sou a Emilia:

Emília


Criativa e intensa em tudo que faz. Seu jeito excêntrico chama atenção e colabora para que você conquiste a todos de primeira. Nunca perca sua espontaneidade. Aproveite sua alegria de viver e faça com que as pessoas a sua volta desfrutem também dela.

Se quiserem descobrir qual é a sua boneca, este é o link: http://www.movimentorosa.com/?pg=boneca

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Aniversário - Mensagem da minha mãe

Gente,

Hoje é meu aniversário! Recebi da minha uma carta (de verdade, enviada pelo correio, com selo, isso ainda existe). Puxa, essa carta mexeu demais comigo e queria compartilhar com vocês o conteúdo, na íntegra. Pra mim, foi a declaração mais linda e sincera que uma filha poderia receber de sua mãe.

Nem preciso dizer que me acabei de chorar.

Mãezinha, não queria te-la feito tanto sofrer, desculpa! Só posso dizer que a amo muito também e que pra mim, também é muito sofrido viver distante, não compartilhar momentos bons que passo aqui em Sampa sem a senhora.  Mas um dia ainda vamos curtir bastante coisas juntas, tenho fé nisto. Ah, e muito obrigada pela mensagem. Deus a abençoe!


quarta-feira, 7 de julho de 2010

Mentiras que nos contaram!

Por Danuza Leão

Quantas mentiras nos contaram; foram tantas, que a gente bem cedo começa a acreditar e, ainda por cima, a se achar culpada por ser burra, incompetente, e sem condições de fazer da vida uma sucessão de vitórias e felicidades. Uma das mentiras: É a que nós, mulheres, podemos conciliar perfeitamente as funções de mãe, esposa, companheira e amante, e ainda por cima ter uma carreira profissional brilhante. É muito simples: não podemos.

Não podemos; quando você se dedica de corpo e alma a seu filho recém-nascido, que na hora certa de mamar dorme e que à noite, quando devia estar dormindo, chora com fome, não consegue estar bem sexy quando o marido chega, para cumprir um dos papéis considerados obrigatórios na trajetória de uma mulher moderna: a de amante.

Aliás, nem a de companheira; quem vai conseguir trocar uma idéia sobre a poluição da Baía de Guanabara se saiu do trabalho e passou no supermercado rapidinho para comprar uma massa e um molho já pronto para resolver o jantar, e ainda por cima está deprimida porque não teve tempo de fazer uma escova?

Mas as revistas femininas estão aí, querendo convencer as mulheres – e os maridos – de que um peixinho com ervas no forno com uma batatinha cozida al dente, acompanhado por uma salada e um vinhozinho branco é facílimo de fazer – sem esquecer as flores e as velas acesas, claro, e com isso o casamento continuar tendo aquele toque de glamour fun-da-men-tal para que dure por muitos e muitos anos. Ah, quanta mentira!

Outra grande, diz respeito à mulher que trabalha; não à que faz de conta que trabalha, mas à que trabalha mesmo. No começo, ela até tenta se vestir no capricho, usar sapato de salto e estar sempre maquiada; mas cedo se vão as ilusões. Entre em qualquer local de trabalho pelas 4 da tarde e vai ver um bando de mulheres maltratadas, com o cabelo horrendo, a cara lavada, e sem um pingo do glamour – aquele – das executivas da Madison.

Dizem que o trabalho enobrece, o que pode até ser verdade. Mas ele também envelhece, destrói e enruga a pele, e quando se percebe a guerra já está perdida.

Não adianta: uma mulher glamourosa e pronta a fazer todos os charmes – aqueles que enlouquecem os homens – precisa, fundamentalmente, de duas coisas: tempo e dinheiro. Tempo para hidratar os cabelos, lembrar de tomar seus 37 radicais livres, tempo para ir à hidroginástica, para ter uma massagista tailandesa e um acupunturista que a relaxe; tempo para fazer musculação, alongamento, comprar uma sandália nova para o verão, fazer as unhas, depilação; e dinheiro para tudo isso e ainda para pagar uma excelente empregada – o que também custa dinheiro.

É muito interessante a imagem da mulher que depois do expediente vai ao toalete – um toalete cuja luz é insuportavelmente branca e fria, retoca a maquiagem, coloca os brincos, põe a meia preta que está na bolsa desde de manhã e vai, alegremente, para uma happy hour. Aliás, se as empresas trocassem a iluminação de seus elevadores e de seus banheiros por lâmpadas âmbar, os índices de produtividade iriam ao infinito; não há auto-estima feminina que resista quando elas se olham nos espelhos desses recintos.

Felizes são as mulheres que têm cinco minutos – só cinco – para decidir a roupa que vão usar no trabalho; na luta contra o relógio o uniforme termina sendo preto ou bege, para que tudo combine sem que um só minuto seja perdido. Mas tem as outras, com filhos já crescidos: essas, quando chegam em casa, têm que conversar com as crianças, perguntar como foi o dia na escola, procurar entender por que elas estão agressivas, por que o rendimento escolar está baixo.

E ainda tem as outras que, com ou sem filhos, ainda têm um namorado que apronta, e sem o qual elas acham que não conseguem viver.

Segundo um conhecedor da alma humana, só existem três coisas sem as quais não se pode viver: ar, água e pão. Convenhamos que é difícil ser uma mulher de verdade; impossível, eu diria. Parabéns para quem consegue fingir tudo isso….

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Fortaleza Esporte Clube - Tetra Campeão Cearense

sábado, 3 de abril de 2010

O Som da Motown

Nos anos 60 foi a mais bem sucedida na criação daquilo que se tornou conhecido como O Som da Motown, um estilo de "soul" bem característico, com o uso de instrumentos como pandeiros, baterias e instrumentos do "rhythm and blues" além de um estilo de 'canto-e-resposta' (com a repetição, por parte do coral, de frases inteiras ou palavras de alguns versos) originário da música gospel.

O "som da Motown" também é marcado pelo uso de orquestração e instrumentos de sopro, por harmonias bem arranjadas e outros refinamentos de produção da música pop, e é considerado precursor da Era Disco dos anos 70.
Foi também a primeira a lançar músicas que deixavam de lado o puro e simples lirismo e mergulhavam também em temas socio-políticos.

Seus artistas eram vestidos, penteados e coreografados de modo impecável, para exibições ao vivo nas tevês e shows. Deveriam, para a gravadora, funcionar como uma espécie de "embaixadores" para outros artistas negros norte-americanos em busca de sucesso.

Bem, o texto acima foi o preâmbulo para descrever um pouco do espetáculo que assisti ontem, no Teatro das Artes, do Shopping Eldorado: O Som da Motown. Um gênero que envolve e revela as vozes maravilhosas de: Thalita Pertuzatti, Débora Pinheiro, Simone Centurione, Ellen Wilson e Alcione Marques, cada uma com suas características, arrasaram em tudo: harmonia, potência vocal, afinação. E a direção de Renato Vieira e Claudio Figueira foi caprichadíssima, figurino impecável. Destaque para o dueto de Simone Centurione e Michael Jackson em video. Lindo, emocionou todo mundo.

Recomendadíssimo!!!!!

Fonte: Wikipedia

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Lorena se foi

 
(Lorena e Mariana ainda bebê)

Gente, conhecia a Lorena Falcão Ribeiro desde 1992, fizemos faculdade juntas, morávamos perto, então íamos juntas pra faculdade, passeávamos nos finais de semana, na praia da Caponga, na casa dos pais dela em Cascavel, compartilhamos os perrengues da faculdade, nunca nos desentendemos por quaisquer motivos (e olha que eu era briguenta por causa dos trabalhos em grupo).

Tinha uma época em que íamos pra faculdade de carro, eu começando a dirigir o fusquinha cor de caramelo. Eu era um perigo ao volante, teve gente que até desistiu de pegar carona comigo, mas a Lorena não, sempre companheira, a gente escutando a unica fita cassete que eu tinha no carro, rindo do limpador do para-brisas, que parecia dançar ao som de Savassi do Chiclete com Banana (A minha vida é índia Dê ô dê).

A Lorena achava graça de tudo, era cheia de expressões engraçadas, que nós amigas passamos até a utilizar em nossos vocabulários. Lembro dela com seus dentes super separadinhos, colocando um canudo entre eles, fazendo graça. Depois ela usou o aparelho e ficou com um dos sorrisos mais bonitos que já vi.

Continuamos amigas, compartilhamos muitos segredos uma da outra, farreamos juntas. Depois ela foi trabalhar em Cascavel, casou, teve a filhinha Mariana, vivia naquele vai-e-vem, Fortaleza-Cascavel-Fortaleza. Nos distanciamos fisicamente, casei, vim morar em São Paulo, a encontrei poucas vezes desde que me mudei pra cá.

Bem, até pra matar um pouco a saudade, pelo fato de estar longe, todas as noites eu ligo pra minha mãe, então ontem a noite, ela me contou sobre um terrivel acontecimento: a Lorena havia falecido em um acidente de carro.

Fiquei chocada, tremi toda e comecei a lembrar de tudo isso que escrevi acima. Não aguentei, chorei muito, não consegui dormir, pensando nela, em como ela poderia ter sofrido dor no momento do acidente, enfim. Na qualidade de amiga, não me conformo com a perda. Imagino o que estão sentindo os familares, sua filhinha, ainda tão pequena.

Foi a primeira amiga que perdi pela morte. Vai ser muito dificil superar a perda. Lorena, fica com Deus, que você esteja em um lugar bem lindo, numa espécie de "Barra Nova" que você tanto amava. Descansa em paz, minha amiga.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Bateria da Grande Rio - Muita vibração

Estou passando um carnavalzão em Sampa: tranquilidade, shopping, TV, algum parque, enfim. E vendo TV hoje pela manhã, vi um pouco da apresentação da bateria da Escola de Samba Grande Rio. Eu nunca tinha visto uma bateria daquele jeito, com aquelas paradinhas, acho que o pessoal das arquibancadas nem respirava. E a Paola estava perfeita como Rainha de Bateria. Bem, se eu tivesse o poder de escolher, ela já seria a campeã. Parabéns, Grande Rio.

 
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